segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Mergulho, um mal necessário.

Eu costumava criticar pessoas 'superficiais', que colhem o dia sem problematizar nada, pensamentos, sentimentos e ações simples. Tudo simples. Sempre achei o máximo isso de 'profundidade', de mergulhar em si, tentar conhecer um pouco do seu próprio universo, ou mesmo um sistema solar que agrade mais. Pois bem, acredito que minhas críticas podem ter sido fruto de uma possível inveja futura, porque é isso que eu sinto hoje. Melhor permanecer na superfície do que se afogar no que eu chamo de profundidade ou oficina do Capeta, porque essa quantidade de pensamentos infrutíferos em relação à essência, existência, religião e tudo mais só pode ser cabeça vazia. Claro que de vez em quando é bom problematizar, analisar, repensar. Acho tudo válido. Mas o meu excesso tá me cansando. Invejo os superficiais felizes e invejo Jesus também que andou pela superfície, quero fazer o mesmo, já que essa história de mergulhar é um caminho sem volta, porque por mais que seja angustiante, é bom ao mesmo tempo. O que me resta mesmo é esperar por esse milagre ou que eu pelo menos aprenda a nadar.
Adeus. E vocês, superficiais, não fiquem convencidos. Esse é só um momento de fraqueza. Eu não os invejo verdadeiramente, só quis enfatizar um ponto de vista mostrando desespero. Que fique claro. Pra mim, superficialidade é negação, prefiro o meu desassossego do que essa feli (é, felicidade pela metade. Gente superficial não é feliz por completo) aparente.

terça-feira, 31 de agosto de 2010

Um pouco mais sobre mim...







sábado, 28 de agosto de 2010

Sensação de deja escrevu...

Fico impressionado com o fato de nós, apesar de sermos dotados de uma subjetividade imensurável, cheios de particularidades, somos, concomitantemente, personificações dos mais variados ou até dos mesmos clichês. Me fascina esse paradoxo abrigado tão bem dentro de cada pessoa, essa dualidade do geral e do específico latente em cada um. Na minha concepção de pessoa insensata, é como se, na verdade, fossemos todos programados para parecer diferentes, carcaças e conteúdos dos mais variados possíveis, sendo que todos sincronizados pelo mesmo 'sistema operacional' que, graças a Deus ou a alguma força superior de nomenclatura irrelevante para mim, já vem com defeitos de fábrica aparentemente corrigíveis, mas que logo dão lugar a outra imperfeição na medida em que tentamos extinguí-lo de nosso ser, formando assim um ciclo.
Sendo assim, não deveríamos mais reclamar de Malhação, quando nós mesmos já somos clichês de carne e osso, com problemas familiares inevitáveis, paixões platônicas e todo o resto que o valha.
Tô com uma sensação de 'deja escrevu'. Já devo ter escrito sobre isso, mas, bem, a palavra digitada não volta atrás. Adeus. Adoro quando eu invento palavras em outros idiomas, me sinto culto!

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Um caminho interessante pra o auto conhecimento pode se dar com a prática do niilismo. Não de uma forma negativa, claro. Não precisa correr nu na rua atirando pedras nos transeuntes, porque de repente o pudor não é legal. O que eu sugiro é a desconstrução de valores que não nos cabem mais, que, de alguma forma, não são necessários, diria até obsoletos em sua forma mais plena. Tapemos, então, os ouvidos para a suposta sapiência do senso comum e, por uma questão de conforto, também os olhos pra evitar os prováveis olhares de reprovação, caso você se incomode com eles. Só depois dessa perda de e dos sentidos vai ser mais fácil saber quais valores nos pertencem e o que realmente importa, em detrimento daquilo que nos é imposto e que, se contestados de forma ferrenha, nem saberíamos explicar por que defendemos tal valor ou ponto vista. Na verdade, nem acho que caiba a nomenclatura 'valores' pra o que eu estou me referindo aqui, porque dá uma ideia de algo positivo, que você gostaria de ter, o que não é o caso, ou, pelo menos, não deveria ser.
DESCONSTRUÇÃO NOW. Adeus, tô com preguiça de me estender no tema clichê que eu mesmo escolhi.

domingo, 1 de agosto de 2010

-Hoje o meu silencio está especialmente comunicativo. -Comentou Daniel em seu blog, sem sono e com o desejo constante de criar frases paradoxais de efeito.
(Frustração...)

sábado, 31 de julho de 2010

Calendario Danieliano.

Quando eu tinha meus 8, 9 anos e via as pessoas grandes, pra mim era inconcebível a ideia de que algum dia eu alcançaria aquelas proporções, até meus irmão que não eram tão maiores eu duvidava que eles um dia tinham sido do meu tamanho. Em síntese, eu acreditava que cada pessoa tinha nascido com a sua idade do momento e assim permaneceria para todo sempre, era um complexo de Peter Pan generalizado. Apesar de ter tido alguma evolução mental da época mencionada até o momento, o meu complexo de Peter Pan permanece quase que intacto, não acredito que vou alcançar determinada idade até que ela me alcança. A inexorabilidade do tempo simplesmente ignora o meu ceticismo e me deixa mais velho. Tive, então, a seguinte resolução: de qualquer dia em diante o tempo será pra mim uma persona non grata, de forma que eu não vou mais brincar de calendário. Dia 6 de Agosto é só o dia que, por algum misterioso acaso, eu ganho roupas novas, não que seja ruim, mas não é um motivo de comemorar. O que me cabe agora é fazer meu próprio tempo, que vai ser basicamente um caos cronólogico, todo dia é dia, toda hora é hora. O calendario gregoriano não é mais prioridade minha, contar os anos não modifica em nada a pessoa que eu sou, é mera convenção. Melhor contar o tempo pelas experiências vividas, pelo amadurecimento proveniente dos mais diversos sofrimentos e esforços, quero um aniversário pra cada mudança positiva na minha vida e quero evitar os desaniversários.
Fazer sentindo não vai nunca ser uma prioridade aqui. E tenho dito. Adeus.

quinta-feira, 29 de julho de 2010

Como crescer mais?
Não quero lhe falar, ó, meu leitor
De todo o esforço despendido
Quero lhe contar como eu sofri
E nada aconteceu comigo

Comer é melhor que malhar
Eu sei que ser forte é uma coisa boa
Mas também sei que não ver resultado
Acaba com a vida de qualquer pessoa

Amigos dizem, pro meu bem
Pra eu tomar albumina
Mas falta dinheiro
E eu não posso pagar com cartão, porque sou pobre

Quero ficar gostosão
E pegar muita menina na rua
Encher uma pólo com o braço
Ficar gostoso e sensual

Você me pergunta se ainda malho ou não
Fico louco e irritado com a falta de atenção
Penso em largar a academia
Não quero sofrer em vão
Só vou esperar mais um tempo
Pois quem paga é meu irmão
Vou me esforçar, malhar pesado
Não vou largar não!

Já faz tempo, eu vi uma foto minha
Coisinha magra precisando de comida
No meu álbum do Orkut
Essa é a foto que eu me orgulho mais

Nossa, que música enorme, cansei!

quarta-feira, 21 de julho de 2010

Mais metáforas...

A verdade é que desde muito cedo o amor tem sido um jogo pra mim. Não que eu me divirta ou use meus relacionamentos como um hobbie, não é bem por ai, eu não chego a colocar no meu orkut 'Hobbie: jogar o jogo do amor!'. É uma questão de proteção, quer dizer... quando eu uso a palavra 'proteção' até parece algo comedido e saudável, sendo assim, buscando utilizar o mínimo de coerência ao descrever um pouco da minha vida desamorosa, eu diria que superproteção se encaixa mais adequadamente no contexto. 'Superproteção', essa palavra descreve bem o meu modus operandi em se tratando de relacionamentos amorosos. Nesse jogo divertidíssimo que eu jogo não existem muitas regras. Basicamente vale tudo, contanto que eu esteja no comando e mantendo a minha distância segura. Não achem que, pelo fato ser capaz de descrever o funcionamento do 'jogo', jogar seja uma opção pra mim. As regras já foram internalizadas faz muito tempo, e por mais que eu consiga modificá-las um pouco quando o player 2 vale muito a pena, por medo eu acabo voltando a segui-las. Quando você tem um script e já sabe basicamente como as coisas vão acontecer, você acaba se sentindo mais seguro. Pois bem, essa necessidade de segurança fode tudo. Acabo voltando a agir de acordo com as regras já estabelecidas, por uma questão de covardia. Medo do desconhecido, ou pior, medo do conhecido. Sendo assim, quando a brincadeira está ficando boa e eu estou perto do que metaforicamente seria um empate, relacionamento equilibrado, eu, como pessoa madura que sou, 'desligo' o videogame, dou reset, puxo a tomada, bagunço o tabuleiro... Não posso simplesmente arriscar a minha 'invencibilidade'. Eu poderia passar essa encarnação e mais outra só contando das vezes que eu já me sabotei, mas tô com muita preguiça. O que me parece é que eu só estou disposto a mudar as regras do jogo e negociar um empate, ou mesmo uma derrota, quando a outra pessoa não está nem sequer interessada na brincadeira. E ainda tem outro problema: eu costumo me relacionar com pessoas mentalmente equilibradas, de forma que talvez nem haja um player 2, porque eu jogo sozinho. Adeus.

domingo, 11 de julho de 2010

Morte às borboletas.

Quando uma pessoa é sensível, grande parte das suas relações interpessoais funcionam numa dinâmica do tipo 'efeito borboleta', onde pequenas e desintencionadas atitudes de uma pessoa surtem efeitos totalmente desproporcionais na outra coitada. Sendo assim, não há que se falar em teoria do caos, quando na verdade as pessoas sensíveis praticam o caos, deixam a borboleta voar por ai e causar os mais diversos fenômenos naturais catastróficos. Pois bem, sugiro que não se rendam. Primeiramente deve-se tentar quebrar suas asas, mostrando a ela um princípio interessantíssimo: ação e reação. Afinal, ela não pode simplesmente causar o caos e sair impune. Apesar de ser um exemplo muito bom pra metáfora, acho que fiquei um tanto quanto 'antiditático' com essa sugestão, não era minha intenção instigar a vingança, lembrem-se de que a borboleta é uma pessoa! Uma outra sugestão é exercitar a indiferença, usá-la como palavra de ordem, pode não ser a melhor saída mas funciona comigo. Continuando a metáfora, o exercício da infiderença seria como... puts, tá difícil. Já sei! Exercitar a indiferença seria como forjar uma redoma e isolar a tal borboleta, é bom deixar explícito que quando eu digo forjar é no sentido de fabricar, claro. Não é pra fingir que fez uma redoma e esperar que a borboleta não 'caose' mais! Adorei essa palavra nova, 'caose', causar caus fica estranho e eu não tô conseguindo pensar num sinônimo que me agrade pra causar, sou genial. Acho que me perdi no meio da minha compulsão por metáfora. Mas posso dizer que fingir não se importar já é um pequeno passo para lograr êxito na indiferença real. Não dá pra sair por ai externando todo caos causado pelo bater de asas de um inseto, porque ai você se torna uma pessoa cansativa, que as outras pessoas gostariam de ver, metáforas à parte, morrendo numa dessas catastrofes retromencionadas. O que cabe ir fortalecendo as estruturas para que o caos que não possa ser ignorado ou contornado faça pelo menos um estrago menor!
Tá, clareza não tem sido um dos meus fortes nesses últimos textos, mas as teclas alt e f4 apertadas simultaneamente são a serventia da casa. Adeus.

quinta-feira, 17 de junho de 2010

Catolicismo? Credo...

Engraçado como até hoje eu não tenho uma identidade religiosa bem definida e agradeço a Deus por isso. Acho que nunca simpatizei com o catolicismo, porque tinha que ir pras reuniões da primeira comunhão que aconteciam no sábado a tarde: dia de churrasco na minha casa. Então, enquanto estava todo mundo se divertindo na minha casa, eu estava tentando aprender o credo, que eu nunca consegui decorar nem o primeiro 'verso'(?), agradeço a Deus mais uma vez: por ter me feito assim com essa memória seletiva, não decoro hinos, orações, fórmulas de física/química/matemática, nomes de planta/animal/classe/reino/djabaquatro. Sendo assim, desde cedo criei uma antipatia pelo catolicismo. Até hoje não entendo o porquê de eu ter tido que fazer uma prova pra medir meus conhecimentos e saber se eu estava apto, o pior de tudo é que eu tive que profanar o lugar sagrado dos católicos, porque a prova foi realizada lá na igreja e eu nunca saberia qual é a data da páscoa ou o significado dela. Ponto pra minha memória seletiva. Além do que, na hora de me confessar eu num sabia o que falar, ai eu disse que brigava muito com meus irmão e o padre mandou eu rezar muito, além dos 'pai nosso' e das 'ave maria' ele teve a coragem de me receitar um 'credo'. Tudo bem, aceitei o desafio. Afinal, tudo pela salvação, né? Me ajoelhei na igreja, juntei as mãos e fiquei pensando no que seria o almoço na minha casa naquele dia por um tempo razoavelmente convincente e fui embora, sem remorso. Nunca acreditei na salvação por meio da repetição. 100 'ave maria' e 70 'pai nosso' não vão mudar a minha vida, acho tudo muito mecânico. Não tô aqui querendo por em cheque a relevancia da religião na vida das pessoas, muito pelo contrário, acho que tudo que incentiva a prática do bem é válido. Eu acredito no Deus que criou o universo, uma força maior que de alguma forma tá presente na vida de todo mundo, mas não acredito no Deus criado pelas religiões. Acho que se eu for bom e fizer o bem nos meus limites, tentando sempre crescer como pessoa eu vou ter um retorno positivo e vou aprendendo a lidar melhor com as coisas ruins que me acontecem. O resto pra mim é questão de nomenclatura, chama isso de sorte, destino, karma, Deus. São nomes demais pra mesma coisa. Prefiro mesmo ficar em casa dia de sábado comendo churrasco a rezar o credo, é uma questão de escolha.
Preguiça de escrever um texto com conclusão, adeus.

terça-feira, 1 de junho de 2010

Resiliencia.

O primeiro passo para cura é aceitar a condição de doente. Acho que por isso tem sido tão difícil conseguir algum avanço na minha reforma/demolição íntima. Antes de me tratar na condição concomitante de 'doença e doente', eu precisaria me conhecer mais, aceitar, construir, para só então assumir uma terceira condição: a de médico. Sinceramente nem eu sei se vou entender isso aqui que tô prestes a escrever quando eu, eventualmente, vier a reler o escrito (sim, eu sempre me leio), mas vamos lá. Eu 'doente' fico atacando eu 'doença' das formas mais inusitadas possíveis, só que sem nenhum diagnóstico preciso. Estou sempre tentando mudar algo, descobrindo um problema novo maior que o antigo e, clichesticamente, menos que o próximo, para, logo em seguida, me sentir curado, renovado, graças aos paleativos; que ocuparam tanto a minha cabeça na busca de soluções que eu acabo mesmo esquecendo qual era o problema. De repente, eu assumo ainda uma quarta condição, viro Deus e opero um milagre em mim: não existem mais problemas. Dirimi-se doente e doença, tudo de uma vez só. É só mesmo a minha essencia, é tudo questão de aceitação, rotulação. Afinal, tudo é muito relativo, isso que me incomoda um pouco, o que existe de absoluto em mim é a relatividade. Os meus próprios 'problemas' devem ter crises de identidade gravíssimas por não saberem o que realmente são, crise válida também pra qualquer solução, pensamento ou sentimento cuja fonte seja eu. Sendo assim, alcançar uma estabilidade é uma tarefa quase impossível, meu habitat natural, desde muito tempo, tem sido mesmo a crise, é com ela que eu me identifico mais. Tentar me conhecer melhor, pra saber o tipo de remédio ou, mais provavelmente, procedimento cirúrgico correto é algo que eu venho tentando sem lograr o êxito esperado. Sendo assim, permaneço doente-doença-Deus, sendo este último pedaço só de fachada, porque a validade dos milagres é curtíssima. Na verdade, eu poderia facilmente, se não tivesse tanta preguiça, substituir a palavra 'Deus' por 'Enganador de si' sem mudar nem por um segundo o sentido daquilo que eu estou tentando expressar aqui, porque os pseudo-milagres são, na realidade, apenas a negação de alguma coisa, que deixam meu quadro estável por pouco tempo. O que me remete ao que escrevi no inicio em relação à aceitação da doença. Infelizmente esse texto vai ficar inconcluso. Vou parar por aqui antes que eu comece a falar em círculos.
Adeus.

terça-feira, 25 de maio de 2010

Sentimentalidades...

Como eu perdi a inspiração
Vou escrever uma canção
Como eu tenho problema mental
Rimar é meio que natural
Tenho saudades de postar
Mas perdi a inspiração
Como uma pessoa tão linda e sensual
Pode ter um bloqueio tão grandão?
E eu penso pra mim mesmo
Como eu posso fazer um poema
Usando essa palavra que só rima com torresmo?
Eu sei, sou tosco
Droga, essa agora só rima com fosco.
Eu sei, o poema tá legal
Mas vou ter que dizer chau
É o fim do caminho, é pedra, é pau
Repito: sou lindo e sensual.
Rima é mesmo tudo igual
Queria lembrar das aulas do colégio
Pra fazer um soneto,
Mas eu não lembro de nada
E também não gosto de corneto.
Vamos lá, o poema tá ficando grande
Droga, me sabotei, vou terminar esse verso com grande também, grande.
Tá, minhas rimas são pobres
Mas minha alma é nobres (licença poética)
Não sei se já mencionei isso e tal
Mas eu sou lindo e sensual.
E vocês, idiotas que me lêem
Não venham agora fazer cara feia
Se já leram até aqui
É Tarde demais pra vergonha alheia
Algumas estrofes atrás adeus eu disse
Mas continuo aqui, fazendo este poema deprimente e triste
Relendo o que escrevi
Penso algo inevitável
Será mesmo meu próximo aniversário o de vinteúnvel?
Ok, eu não tenho sincronia
Como já dizia minha tia(?)
Ao chegar nos lugares de manhã, sorria e diga ''bom dia''
Por que será que de falar besteira eu não tenho vergonha?
Mas também não se pode esperar muito de alguém que curte a dança da pamonha.
Vai pamonha, vai cural
Só pra fixar: eu sou lindo e sensual.
Agora eu já vou mesmo
Estou ficando cansativo
Caldinho só é bom com torresmo
E eu já estudei no contato interativo.

segunda-feira, 10 de maio de 2010

Covardia: acho caído.

A covardia deve ser mais um de uma série de infinitos defeitos inerentes ao ser, acho isso um saco. Nessas horas eu queria não ser, então. Tudo é inerente ao ser, tá me dando a maior preguiça dessa inerência, se é que essa palavra existe. Fazer as pessoas acreditarem que eu não sou covarde não me faz menos covarde. Entrar em comunidades no orkut desprezando a covardia, não é sinônimo de coragem, é só deprimente. Bem, eu poderia passar o resto da noite aqui dando exemplos em que eu me enquadro se não em todos, no mínimo na grande maioria. Mas eu só quero lamentar mesmo. Por que esse medo irracional de se envolver, se empenhar, se doar com qualquer coisa? Eu mesmo já não disse aqui nas minhas retropostagens (tá, eu sou ridículo) que toda experiência é válida, que precisamos passar por exatamente tudo que passamos para evoluir? Tá, eu sei que a hipocrisia também faz parte das inerências do ser, do não ser, do vir a ser, do parecer, do tentar ser, do querer ser, do vir a ser, do amanhecer, do entardecer, do anoitecer ( sou poético pra caramba!), de tudo que tenha c/ser. Acho que hipocrisia é uma lei da física, como a inércia. O corpo tende à inercia e à hipocrisia também. Voltando pro tema (saco, odeio colocar o título antes, fico preso), acho que poucas pessoas conseguem não ser covardes, porque a covardia é algo cômodo, é uma excelente e pesada armadura: de uma certa forma pode até proteger, mas, por outro lado, impossibilita totalmente qualquer movimentação, qualquer passo pra frente. É muito mais fácil pensar 'Ah, se eu estudasse, eu com certeza seria um excelente aluno', do que se empenhar nos estudos e correr o risco de nem ser tão excelente assim. A covardia trabalha em concurso com o Capeta e a possibilidade do 'se' é o maior cúmplice dos dois. É menos sofrível permanecer com os devaneios do se e do quando, do que se expor e lutar pelo que se almeja. Acredito que para o desenvolvimento do ser e a tentativa reduzir nossas inerências (nossa, pelo visto eu vou continuar mesmo com essa palavra) a níveis aceitáveis e menos prejudiciais, devemos deixar um pouco de lado a super-proteção e praticar o abandono. Abandonar um pouco o medo do possível sofrimento em qualquer que seja o aspecto da vida. Nos abandonarmos nos relaciomentos, nos projetos de futuro e em qualquer outra breguice que se deseje (meu blog tá ficando com uma vibe muito auto ajuda pro meu gosto, não posso ser tão agradável). É muito difícil, claro, mas não é impraticável.
Vou dormir, adeus.

sábado, 8 de maio de 2010

Brainstorm: acho válido.

Claro que eu também me deixo influenciar pelos feriados capitalistas que não me trazem benefício, por isso queria demonstrar todo meu afeto pela minha mãe aqui no meu blog que ela tem maior orgulho por conta da minha seriedade e pela minha facilidade de abordar temas relevantes para humanidade. Mãe, sinta-se muito amada e privilegiada pelo filho que você tem e fique muito orgulhosa(?), porque grande parte do que eu sou eu sou eu devo a você! Estou te agradecendo me elogiando, porque você sempre fala que quem agrada seus filho tá te agradando duas vezes, ? Pois bem, eu fico muito grato quando eu me elogio, sendo assim, pelas minhas contas, sai todo mundo muito feliz. Apesar de ser um dia de amor, não pude evitar sentir um pouco de revolta ao lembrar de uma dia das mães específico do meu passado, onde cada retardadinho da sala declamava uma frase pra mãe e cada mãe de cada retardadinho fingia emoção com a frase que o retardadinho falava que nem era emocionante na verdade. A minha, por exemplo era ''Mãe, sorria comigo enquanto os nossos risos ainda se confundem''. Poxa, minha voz nem era tão fina assim, além do que, qual é o sentindo dessa frase? Seria uma premonição? Eu avisando pra minha mãe que ela sorrisse logo enquanto eu não entrasse na puberdade, porque depois ia dar trabalho? Sinceramente, até hoje eu não entendo. Esse episódio não é como as músicas do famigerado grupo é o tchan (brinquei, nem sei o que é famigerado e acho a banda válida!) e dos mamonas que, depois de um tempo, passam a fazer sentido.
Bem, acho que é só isso, não quero me prolongar. Mentira, querer eu até quero, mas não conseguindo ainda ser tão prolixo como antes, mas claro que é só uma questão de prática e que a tendência é melhorar. Mas também não posso ficar pensando no passado, se fui engraçado um dia, não me lembro. Infelizmente só o que temos é o presente e hoje em dia eu não sou mais engraçado e mesmo assim insisto em escrever aqui e me prolongar, porque desgraça e humilhação poucas são sempre bobagens. É... perceberam, ? Cheguei no ponto já da ''dissertação'' que eu já não tenho mais sentido algum e eu começo mesmo a braimstormar tudo, o que vier eu vou digitando, acho filtro caído. Parece às vezes que quem pensa no que tá sendo digitado são meus dedos, porque eu posso garantir pra vocês que nesse exato momento a minha cabeça está vazia, se bem que esse texto também está vazio. Agora eu fiquei confuso, não sei mais qual é a origem das minhas ideias. O que eu sei é que escrever ideia sem acento me incomoda, não tenho idade pra sofrer uma mudança nas regras do português, sou muito jovem ainda pra ser obsoleto. Bem, mas voltando pra a questão passado, presente e futuro. Acho que a única coisa que eu faço baseado no passado é escovar os dentes, só porque minha consciencia pesa. Quero acabar inclusive com isso, quero escovar os dentes pensando nas cáries que eu não terei, não em tudo de ruim que eu já comi. Meu Deus, será que eu acabei de fazer uma metáfora complexa que nem eu entendendo no momento por conta do sono, ou será que eu só sendo deprimente mesmo falando de escovação? Tá, seu sei que a segunda opção parece a mais correta, mas eu acho que ficou uma metáfora boa pra alguma coisa que eu não sei explicar agora. Mas espero que vocês tenham entendido e que escovem sempre os dentes, porque mau hálito é péssimo e um tabu na sociedade contemporânea. É mais fácil acabar uma amizade ou um namoro com uma pessoa que tem mau hálito do que dizer pra pessoa que ela precisa escovar melhor os dentes e usar Listerine (quando será que eu vou receber pra fazer propagandas?). Meu Deus, a minha mãe! Mãe você que deve ter me ensinado a escovar os dentes, aposto. Obrigado por isso também.
Mãe, seu filho é lindo e te ama. Sinta-se amada!

quinta-feira, 6 de maio de 2010

Paródia: acho válido.

Eu estava numa vida de horror
No maior desespero
Só pegava gente em show
Corria atrás txururu
Queria mais
Ainda não mudou minha situação
O desespero continua
Eu não arrumo macho não
Mas corro atrás, trururu
Corro demais, txururu

Eu encalhei, por isso eu sou louca
Eu encalhei, to sem beijar na boca a mais de mês
Eu encalhei, será que minha vida vai ficar assim pra sempre
Pra sempre?


Lala me disse que é melhor eu ser vulgar
Pra avançar com tudo e tentar desencalhar
Correr atrás txurur
É ruim demais txurur
O status do Orkut eu quero mudar
Botar um ‘’namorando’’ só pra poder variar
Eu quero macho, macho, macho, maaacho

Eu encalhei, por isso eu sou louca
Eu encalhei, to sem beijar na boca a mais de mês
Eu encalhei, será que minha vida vai ficar assim pra sempre
Pra sempre?

Paródia feita para um ente muito da minha família num momento de inspiração cósmica. Tive que postar. Adeus.
LEGENDA: COR VERDE = CHORUS.

segunda-feira, 3 de maio de 2010

Uma compilação de clichês sobre reformar e reconstruir.

Sabe-se que a vida é a escola das almas e que estamos todos aqui pra aprender. Se negar a mudar é um erro que muitos de nós comentemos, em regra, por pura ignorância. Somos todos passíveis de erro, ''produtos'' cujos vícios já são algo inerente a cada um, nas suas devidas proporções e especificidades. Quando negamos a necessidade e a importância da mudança em nossas vidas, estamos nos sentenciando ficar aprisionados em círculos viciosos que podem perdurar até que se dê a devida importância para a necessidade que todos nós temos de evoluir. Sendo assim, a não modificação de determinados hábitos, companhias, visões de mundo, preconceitos etc. nos remetem sempre aos mesmos problemas, que inicialmente podem até parecer diferentes uns dos outros, mas, se analisados de forma mais racional, é fácil a percepção de que o cerne de todos os 'problemas' que aparecem é sempre aquele defeito que demanda atenção, exige uma modificação, uma postura da nossa parte e nós, na maioria das vezes, preferimos ignorá-lo e permanecer na nossa zona de conforto. Quem não muda degenera, devemos tentar viver, na medida de nossas limitações, obviamente, de forma a seguirmos uma linha reta, onde cada atitude bem pensada, cada aprendizado com o erro e cada exercício de auto-crítica vai formando um seguimento de pontos que nos leva de um lugar para outro (pressupõe-se que melhor), acabando com a ideia de viver sempre em círculos, permanecendo na ignorância de si mesmo. Não estou aqui querendo dizer que mudar seja fácil, exige um sacrifício sem tamanho grande parte das vezes, uma revisão de nossos próprios fundamentos, já que grande parte de nossas virtudes emana também de um vício primitivo. Nossos defeitos são sim características que fundamentam toda a nossa estrutura, personalidade, de forma que é uma tarefa extremamente árdua, se é que é possível, modificar as bases sem comprometer a estrutura inteira. De qualquer forma a tentativa é válida. A substituição das bases mencionadas pode se dar aos poucos, ocorrer de forma serena, onde um vício poderá ser substituído por sua virtude correspondente. A passividade, gerada pelo medo de confrontos, de decepcionar os outros e até a si mesmo, pode ser substituída pela pacificidade, onde os confrontos são evitados não pelo medo, mas pela consciência da necessidade de paz. Objetivamente, na prática, esse vício e essa virtude podem até gerar efeitos semelhantes, mas enquanto a passividade nos faz viver em círculos de medo, de fuga; a pacificidade nos permite uma evolução espiritual, para que andemos em linha reta, ou mesmo curvas, o importante é evitar os círculos. É uma batalha constante contra nós mesmos e contra o comodismos que parece ser algo inerente, se não a todos, a grande maioria.

Adeus.

segunda-feira, 26 de abril de 2010

Definitivo até que eu faça o contrário.

Bem, dessa vez eu resolvi que vou realmente voltar. Acho que o que me inspirou de vez agora foi ter visto o filme do Chico Xavier, eu finalmente entendi que não posso virar as costas pra um dom que me foi dado por Deus. A fluência com que eu consigo escrever besteiras, a minha prolixidade engraçada-deprimente só podem ser obra do divino e eu, mesmo não sendo um religioso stricto sensu, não gosto, pelo menos não nesse caso, de ir de encontro aos seus desígnios.
Estou voltando também porque acho que estou virando uma pessoa muito séria e isso me assusta, claro que quando eu uso aqui a palavra ''séria'' é tudo nos meus limites de seriadade. Bem, voltando à minha seriedade, meu perfil mudou totalmente. Eu já tenho uma carteira nacional de habilitação definitiva, estou num relacionamento longo e duradouro de 6 MESES e, pra completar, estou uma pessoa mais estudiosa esse semestre, acho que nem consigo mais escrever corretamente a palavra procrastinar(droga, acertei). Bem com tantas mudanças vocês devem imaginar quantas crises existenciais eu já passei, claro que o fator que mais gera crises hoje em dia é o fato de eu ter uma cnh definitiva e só usá-la como mero documento de identificação quando a classificação do filme é 16 anos e pedem pra ver minha identidade. Então, como eu estava dizendo, passei muito tempo em crise tentando solucionar os problemas da minha essencia, se é que existe mesmo uma essencia e essas crises fúteis essenciais acabavam por bloquear totalmente o meu inexorável poder criativo.
Bem, por hoje é só. Espero que vocês achem válido e não caído o meu retorno. Acabei de receber pelo twitter uma sugestão muito boa de novo: DANVANEIOS, achei válido.

Espero voltar em breve, mas, para toda sorte, Adeus.