quinta-feira, 30 de julho de 2009

Pai da Ariel: Humano ou Porco?

O bom de conversar com outras pessoas, de trocar idéias, é que você, grande parte das vezes, consegue chegar a conclusões que talvez nunca chegasse sozinho. Contando como você se sente e as suas impressões do mundo, você passa a se entender mais e mais, descobrindo coisas novas e interessantes. Por isso a comunicação se faz tão necessária no cotidiano da maioria das pessoas, temos necessidade de nos entender e nos fazer entender. Mas isso tudo que eu estou escrevendo agora é só uma encheção irônica de linguiça que precede o diálogo que vira em seguida:
  • Estávamos nós conversando no mar da Praia da Sereia, já acostumados com o fluxo de vários itens plásticos que passavam boiando por nós, já havíamos alcançado um estágio de indiferença. Até que passa uma camisinha boiante, que nos trouxe de volta a triste e poluta realidade, rasgando o véu da nossa indiferença, daí emplacamos um diálogo:

-Nossa, vei, que nojo... Uma camisinha.

-É mesmo, eca.

-Bem, pelo menos ela está vazia, os peixes já devem ter comido...

-MEU DEUS!!!!

  • Depois de dizer isso, dou uma pausa estratégica de cinco segundos, que no contexto equiparam-se a 2 eternidades, e solto em seguida algo que, pra mim, parece ser muito mais interessante e revolucionário que qualquer descoberta de Copérnico, Einstein, ou qualquer outra pessoa UM POUCO mais inteligente que eu:

-O que foi, Daniel?

-Então é assim que as sereias nascem?!

Então, fica a dica, galera. Comuniquem-se. Só assim vocês serão capazes de obter mais êxito nessas maravilhosas descobertas, afinal, todos nós sabemos que ''qualquer número maior que um de cabeças'' pensam melhor que uma.

domingo, 26 de julho de 2009

Cuidado com a régua.

Como eu praticamente não tenho parado em casa, praticamente não estou postando, mas a minha compulsão por escrever mesmo que aparentemente ou verdadeiramente sem assunto re ou irrelevantes, meus dois ou três últimos posts eu nem estava em casa. Parei pra refletir sobre uma frasezinha de efeito que quase todo mundo usa quando passa por algum sufoco ou pseudo-sufoco: ''Deus escreve certo por linhas tortas''. Confesso que já concordei e fui adepto dessa frase, mas hoje não concordo mais. Deus com certeza deve ter lido muito e, obviamente, escreve bem e escreve certo, sabe das coisas. Acredito que grande parte das vezes, a vida que a gente tem é uma folha em branco à espera da escrita dele, nós mesmos é que traçamos as linhas, de forma que se elas estão tortas, a culpa é completamente nossa. Além do que, não viemos ao mundo assinando algum contrato de felicidade eterna, doses de realidade e sofrimento são essenciais pra maturidade de qualquer pessoa, e quem não entende isso pula a fase da maturação e apodrece direto, vive podre e, se assim quiser, vai morrer podre. Passamos exatamente pelas experiências que precisamos passar, cabe a nós o lamento eterno que leva a podridão ou a aprendizado que leva à maturidade. Claro que escrever isso aqui é indubitavelmente mais simples do que por em prática, mas o que vale é tentar todos os dias consertar nossas próprias linhas, ou mesmo fazê-las tortas, se necessário.
Adeus. Nossa, como eu fui sério. Adeus de novo.
''Deus vai escrevendo pelas linhas que a gente desenha, sejam retas ou tortas''

quinta-feira, 23 de julho de 2009

Pelas Vias Dolorosas...

Estava passeando hoje pelo shoping, ai passei pela frente da Ricardo Eletro e vi na televisão uma cena de um filme que me trouxe lembranças dolorosas da minha pré-adolescência. Fiquei até um tempo parado, olhando fixo pra televisão, que inclusive tava numa promoção muito boa. Estava passando um filme sobre a vida de Jesus exatamente na parte que ele vai carregando a cruz pela via dolorosa. Então eu comecei a lembrar das interpretações da crucificação de Jesus, que aconteciam anualmente e eu, apesar de ter muito talento, nunca fui escolhido pra ser Jesus. Já fui Barrabás, Figurante Qualquer que passava a via dolorosa inteira chorando por Jesus (no meu caso escondendo o rosto pra ninguém ver que eu estava rindo), Figurante Qualquer que ficava apedrejando Jesus a via dolorosa inteira, entre outros personagens cuja participação era ínfima. Até que um dia a sorte sorriu pra mim! Calma, eu não fui escolhido pra ser Jesus, acho que a professora de religião realmente tinha algo contra mim, ou me achou bonito demais pra pro papel, porque atualmente os vilões que são os mais bonitos, isso é uma tendência. Então, eu fui escolhido pra ir chicoteando Jesus A VIA DOLOROSA INTEIRA, o peso da cruz não era nada perto do peso da minha inveja que ia ficar todo nas costas dele. Tá, eu sei que o Jesus não tinha culpa de ser eleito todo ano, mas discernimento a gente vai adquirindo com o tempo, naquela época eu só tinha sede de vingança. Então, eu ''acidentalmente'' às vezes não ''conseguia'' controlar a força das chicotadas, que na verdade nem deveriam bater nas costas do Jesus, mas batiam. Eu sei que no final meu crime não compensou, porque a cara de dor que Jesus fez só convenceu mais a plateia chorona e tendenciosa do quão bem ele interpretava o seu papel.
Acho que foi a partir desse dia que eu desisti de toda e qualquer forma de buscar o caminho da santidade, mesmo que só interpretando. E essa é a história de como eu escolhi minha profissão. Brinquei.
Adeus.

Sexselvágeis.




quarta-feira, 22 de julho de 2009

Pênis não justifica.

Acho engraçado como alguns de nós, homens, usa a sua condição anatômica como justificativa plausível pra cometer ‘’delitos’’ de toda sorte em se tratando de vida amorosa. Ter um pênis nos dá o aval pra quase tudo na sociedade, que, se não aprova o feito, também não o reprova com a intensidade que reprovaria se fosse com as portadoras de ‘’baratinha’’. Então por conta dessa lavagem cerebral, que apesar de todo espaço que a mulher vem conquistando no mundo e blá, blá, blá, continua vigorando na maioria esmagadora das cabecinhas doentias do mundo inteiro. Não vou ser hipócrita aqui a ponto de ficar criticando totalmente convenções sociais que eu mesmo sigo, acho algumas importantes, claro. Não podemos simplesmente voltar pro estado de natureza e viver na selvageria, porque essa selvageria não é tão boa, sejamos sexselvágeis, mas não selvagens.
Deveríamos cada vez mais buscar uma igualdade material, palpável. Claro que muito já foi conquistado, hoje não existem mais, pelo menos não que eu conheça ou tenha visto no Google, ou na TV, por exemplo, mulheres com histeria, que, grande parte, assim ficava por se reprimir demais e nas mais variadas formas. O que não deveria haver é essa lavagem cerebral que começa quando ainda somos crianças e se você tem um ‘’pintinho’’ você pode, digo, DEVE sair expondo seu instrumento e tocando nele em público, enquanto as portadoras de ‘’baratinha’’ correm o risco de ser até espancadas (exagero mesmo, e daí?), se tocarem no seu órgão em público ou em particular, mesmo que seja só uma coceirinha.Essas impressões da infância perduram por uma vida inteira e dão base pra todas as diferenças gritantes da liberdade de expressão sexual existente entre ‘’baratonas’’ e ‘’galos’’. Não que eu ache que as meninas devam sair mostrando suas baratinhas pra divertir os adultos (nossa, ficou com uma conotação meio pedófila essa minha frase, mas vocês entenderam), muito pelo contrário, os ‘’pintinhos’’ que devem permanecer nas suas devidas cuecas e fraldas descartáveis, pra o nivelamento ser por cima e não por baixo.
Então, eu concluo com o óbvio, pênis não justifica e as baratinhas são, assim não posso dizer com certeza porque eu não tenho uma, mas acredito que sejam, tão cheias de vida como os pintinhos, é tudo uma questão de educação, da falta dela e de repressão.

Eu sei que esse tema é batido e eu devo ter usado muitas sentenças clichês, mas uma pessoa ex-gorda, que continua traquina, polêmica e autêntica, pode falar do que quiser. Adeus.

segunda-feira, 20 de julho de 2009

Luxúria...

QUANDO UMA SEQUÊNCIA FOTOGRÁFICA FALA MAIS QUE MIL PALAVRAS.


Especialidade: comentários infames.

Cinco amigos saindo lanchar de carro e passeando pela orla, aproveitando o encejo pra mostrar os pontos mais bonitos pra as duas visitantes. Então eles passam ali por uma parte muito bonita da praia de Ponta Verde e um deles comenta:

-Olha, esse e o canto mais bonitos de Maceió.
-É mesmo, eu também acho!

Então, eu, num tom desprentencioso e inocente, completei:

-É bonito mesmo, mas quando eu fico muito tempo parado, eu que sou o canto mais bonito de Maceió.

(Silêncio no carro. Não sei se as pessoas preferiram nem entender ou ficaram incrédulas a ponto de optar po ignorar as verdades ali ditas)

Tá, eu sei que eu faço piadas ridículas. Mas não sei ser diferente. Adeus.

Odeio títulos (hoje).

Descobri que minha inspiração não é movida nem pela procrastinação, nem pelo ócio, a força motriz de toda minha genialidade(?) vem das minhas crises, que são mais constantes, pra não dizer que reinam em absoluto, em detrimento das minhas épocas de calma e normalidade. Procrastinação e tédio são apenas motivos. O problema é que no momento não tenho o que procrastinar e nem estou entediado e esses eram meus motivos principais, motivos inclusive da minha quase total monotematicidade aqui no blog. Hoje eu vim só enrolar mesmo, tanto que não coloquei nem título ainda, sinto-me sem temas. Queria não ser tão alheio às coisas que acontecem no mundo, pra poder comentá-las aqui, mas às vezes eu sou muito debochado mesmo tratando de assuntos sérios, então prefiro me manter ignorante pra não faltar tanto com respeito. Não sou tão polêmico e autêntico, confesso.
Hoje eu vou expor aqui um diálogo rápido de quando eu estava em Paulo Afonso com meus amigos, pra mostrar como eu uso meu humor e minha sagacidade sempre que possível pra elevar a auto-estima dos meus amigos.
  • Estávamos nós na mesa da cozinha jogando dominó, até que uma Pinicana (nome fantasia pra preservar a identidade da piniqueira) comenta sobre o seu jogo:

-Ixi, meu jogo tá uma droga, cheio de bomba!

-Nossa, que perigo! Um canhão cheio de bomba.

Eu acho que esse diálogo ilustra com propriedade a importância da amizade e como os amigos devem sempre apoiar uns aos outros, usando sempre palavras de incentivo. Por hoje é só pessoal, só postando pra não perder a prática. Terminei o texto sem títulos mesmo.

sexta-feira, 17 de julho de 2009

Essência extra-corpórea.

Acho impressionante quão paradoxal é a nossa completude. Nascemos inteiros, completos, ligados apenas a nossas mães pelo cordão umbilical, nesse aspecto somos solitários, é a nossa natureza, não precisamos de outras pessoas biologicamente falando pra quase nada. Mas, ao mesmo tempo, somos mosaicos incompletos, onde só o que possuímos é uma base estrutural, o que vai guiar as próximas peças que iremos aderir e as que irão ficar de fora do que construímos, da arte que criamos, do papel interpretado contidianamente. O que eu quero dizer é que no decorrer da vida, trocamos peças, pedaços com outras pessoas, buscamos proximidade com os mosaicos mais ricos, intuindo, mesmo que instintivamente, embelezar a nós mesmos. De forma que viver sem nos acrescentar peças, sem nos tornarmos ''mais bonitos'', não deixa de ser uma existência um tanto quanto sem sentido, seremos pregados apenas nos cantos das paredes das lembranças alheias, talvez até sem merecer o nome de mosaico, por termos adquirido tão poucas peças, ignorando o oportuno. O engraçado é que tem gente que se orgulha de ser ''firme'', de ser tão naturalmente bonito que quase renega peças alheias.
Eu digo que os amigos que fazemos ao longo da nossa vida, mesmo os efêmeros, que só nos acompanhem por fases, tendo um número limitado de peças pra trocar conosco, formam uma espécie de essência extra-corpórea, são pedaços de tudo que somos, fomos e do que pretendemos ser.
Resumidamente, pra explicar a importância dos amigos em nossas vidas, acho que posso compará-los com água encanada, que, por já ser comum, estar presente no dia-a-dia, não nos damos conta do quão importante ela é para a realização de coisas simples, como limpar a bunda depois de cagar ou mesmo lavar a mão depois de assoar o nariz. Sendo assim, amigos são, na verdade, a água encanada da alma, que nos ajuda a ''limpar'' nossas cagadas mais feias e quando não conseguem, se forem amigos mesmo, tentam ignorar o cheiro.

Eu não seria tão lindo, sensual, sexselvágel, engraçado e espirituoso se eles não me ajudassem na construção desse mosaico. Aos meus amigos, sintam-se amados.

terça-feira, 14 de julho de 2009

Danieologismo.

Sexselvágel. [do lat. sexus selvagines] Adj. 1. pessoa que gosta, admira de perto ou de longe, pratica ou pretende praticar sexo selvagem, que pode ou não ser na selva. Ex. ''O mundo seria melhor se as pessoas fossem mais sexselvágeis''

domingo, 12 de julho de 2009

Não gosto de dormir.

Geralmente meus títulos falam de alguma coisa central no texto, o assunto pelo qual eu pretendo estruturar tudo, ou pelo menos um ponto de partida, pois bem, esse título é explicativo. Justifica eu estar aqui, não tem nada a ver com as próximas palavras que serão sensualmente escritas por mim. Mas, já me contradizendo no parágrafo seguinte, o título necessita esclarecimentos, porque eu não sou uma pessoa incoerente (mentira, até sou, mas vou esclarecer de qualquer forma): eu gosto muito de estar dormindo, eu e meus cílios pesados, mas eu odeio o pré-sono, o ir deitar, o ficar pensando até dormir, acho um saco. Nunca fui muito de pensar, pensar pra mim é só na hora das provas, quando eu preciso convencer o professor de que eu tenho a mínima noção de um assunto que eu desconheço quase que por completo, então nas minhas outras atividades diárias eu prefiro não pensar. Eu ligo o piloto automático e vou vivendo, dou sempre respostas automáticas idiotas que precisam ser consertadas logo que proferidas pra evitar desde confusões pequenas como um prato a mais de comida, até confusões maiores que com certeza já devem ter acontecido mas eu não me lembro no momento e, claro, não vou pensar!
Então, desde quando as férias começaram eu acho que não fui dormir nem sequer um dia antes das duas da manhã, eu sei que quando as férias tiverem acabado eu não vou ter a mínima idéia do que eu fiz nesse tempo que passava acordado, porque a internet é que nem vodka, ela rouba suas memórias, no final da(s) festa/férias você só tem flashes, impressões... Poucas conversas serão armazenadas e uma quantidade menor ainda terá alguma relevância. Mas a vida é isso. Acho que estou ''muito profundo'' hoje porque, como vocês podem ver no post anterior, meus pais foram ''pro mato, tomar água'' e quem me acompanhou hoje foi a solidão, e ela sempre acaba me fazendo pensar, por mais que eu resista. Confesso que hoje eu nem pensei muito, quando comecei a querer pensar, fui logo pra beira da piscina e fiquei lendo meu livro do momento, que é tão distante da minha realidade que eu nem consigo me envolver nele. Não que Harry Potter seja uma realidade, mas eu só tinha 11 anos na época, como já expliquei antes. Então, estava eu, lendo meu livro com meu cachorro do lado, tudo estava lindo, eu não estava pensando, estava lendo. Até que eu tive que parar de ler e de não-pensar pra começar a agir, quando eu vi alguns filhotinhos de carrapato passeando pelo minha barriga. Agi instintivamente e me joguei na piscina, torcendo inconscientemente para que o cloro matasse meus novos companheiros. Viram como eu quase não penso? Sinto-me um animal selvagem. Nossa, eu não devia escrever quando estou assim com tanto sono, fico pior do que bêbado.
Mas vocês já puderam perceber que hoje não sairá nada engraçado ou interessante, ? Acho que agora vou dormir, há um tempinho atrás eu estava dando a velha consultoria amorosa da madrugada, vejam como eu aconselho bem.
Situação: Anônima confusa comentando sobre a frase que outro anônimo apaixonado colocou no msn tentando atingi-la.
Anônima diz:
Viu a frase dele?
Dan. diz:
vi
muito brega
e baixa.
Anônima diz:
kkkkkkkkkkk
é baixa mesmo
fico me sentindo mal, sei lá
Dan. diz:
pois ignore
vc tbm num tem culpa pelo que ele sente
todo dia alguém se apaixona por mim
é normal.
Quando eu estou com sono a solidão me abandona e a pretensão me faz companhia. Mas toda essa auto-estima vem da minha mãe, que sempre procurou ver o lado bom das minhas atitudes, lembro até hoje que na minha época 'gordo e traquino' eu passava o dia inteiro comendo quebra-queixo e com preguiça de jogar os papéis no lixo colocava todos dentre de uma bolsa da minha mãe, eu sei que no dia que ela foi usar essa bolsa não cabia mais nada, então ela perguntou:
-Daniel, foi você que jogou esse lixo aqui dentro da minha bolsa?
-Er... não lembro, acho que pode ter sido eu.
  • Nessa hora eu já estava esperando a bronca, ai ela olhou pra mim e disse:
-Como você é limpo e organizando, não jogou papel no chão, gostei de ver...
Pois é, pessoal, agora eu vou dormir mesmo. Adeus.

Sino-me amado.


Fome e abandono, abandono e fome...

sexta-feira, 10 de julho de 2009

Parábola bíblica. Versão Atualizada e Sem Cortes.

Vou contar aqui pra vocês uma historinha que vocês nunca ouviram em nenhuma igreja e nunca leram na bíblia. É uma história antiga, do tempo que Deus criou o paraíso e botou Adão lá. Pois bem, o começo vocês já sabem e eu não vou me prolongar aqui contando histórias batidas. O que vocês não sabem é que no jardim do Éden, além do fruto proibido, havia também a academia proibida, que é onde Deus sempre malhava pra viver uma eternidade saudável.
Então ele falou pra Adão e pra Eva também que já estava morando lá na época: ''Vocês podem comer tudo que tiver aqui menos dessas maçãs, que são as minhas preferidas. Ah, outra coisa, podem se exercitar a vontade, fazer caminhadas nos bosques, nadar no rio, podem fazer o 'djabaquatro', contanto que não entrem na minha academia.''
No começo Adão pensou ''Fechou balada, odeio maçã e nunca fui de fazer exercício mesmo...''. Ele passou anos vivendo harmonicamente no paraíso, comia de tudo, menos do fruto proibido. Mas, certo dia, depois de ouvir muitas reclamações de Eva em relação à sua aparência, que estava cada vez pior, Adão foi em direção ao rio completamente cabreiro intuindo ver o seu reflexo na água. Para sua infelicidade, Eva estava coberta de razão, ele pensou em culpá-la, dizer que tudo aquilo havia começado depois que teve sua costela arrancada, mas Adão era sensato e resolveu não procurar encrenca. Voltando do rio, encontrou sua amada e iniciou o seguinte diálogo:
-Meu amor, você está coberta de razão, já não sou mais tão gatinho como eu costumava ser, e agora, o que eu faço?
-Pois é, o melhor de você era sua costela, que foi muito bem aproveitada, como você pode ver. Sabe o que eu faria no seu lugar?
-Não, o que?
-Tudo que eu mandasse. Eu conheço uma dieta muito boa a base de maçã, que você vai perder peso muito rápido, e você deveria malhar na 'Performance Paradisíaca' para obter resultados mais rápidos...
-Mas meu bem, Deus proibiu taxativamente ambas as coisas, será que eu devo desobedecê-lo?
-Deixa de ser mole, Adão. Por mim... [Nessa hora Eva deixa cair ''acidentalmente'' a sua folhola (folha usada como caçola)]
Adão, então, sentiu-se praticamente na obrigação de dizer sim ao pedido da sua amada e no dia seguinte, digo na segunda feira (ninguém começa dieta nem academia num dia seguinte qualquer, tem que ser segunda feira) começou a seguir os conselhos de Eva.
Milagrosamente, com menos de uma semana de dieta e academia, Adão já tinha voltado a ser quando era na época que tinha todas as costelas, estava se sentindo forte, bonito e sensual e o seu relacionamento ia de ''bem a melhor''.
Só que Deus não gostou nada da rebeldia de Adão e chamou ele pra bater um papo acerca do contrato de condomínio que Adão assinou quanto topou se mudar pro Éden.
-Adão, eu não fui suficientemente claro nas minhas pouquíssimas restrições?
-Err... fo-foi...
-Então porque me desobedeceste, filho?
-Pra agradar Eva, me desculpe, Deus!
-Tudo bem, meu filho, mas suas atitudes terão consequências, você violou as 2 únicas cláusulas do nosso contrato.
-O que acontecerá comigo e com Eva.
-Bem, Eva, por ter te aconselhado para o mal, te induzido ao pecado, sofrerá as dores do parto e sangrará uma vez por mês e você, que foi fraco, sentirá as dores da academia por causa do ácido lático que será liberado nos seus músculos, demorarás para obter os resultados que espera e o pior: se parar de malhar perderás tudo ou quase tudo que foi conquistado. E tenho dito. Pode arrumar suas malas.
-Tudo bem, sua resolução é justa, preciso de um mês pra procurar um lugar novo pra morar e sair do Éden.
-Ok, leve o tempo que precisar. Ah, outra coisa, tudo que foi dito anteriormente é extensível para todos os seus descendentes para sempre.
Por causa deles eu sofro. todo dolorido aqui da academia.
A lição que fica é que não devemos escutar mulheres que não sejam nossas mães, pelo menos não inteiramente.
Adeus.

quarta-feira, 8 de julho de 2009

Nostalgia na madruga.

Eu não consigo não postar, to viciado já. Geralmente eu escrevo aqui coisas que eu pensei ao longo do dia, o que me aconteceram e despertaram a minha atenção, como nada disso tem ocorrido e eu desenvolvi certa necessidade de escrever, quero deixar claro uma coisa aqui: assim como os museus, meu blog também vive de passado.
Estava lembrando hoje que desde quando eu era pequeno, as pessoas sempre comentavam que meus cílios eram grandes e eu sempre fui indiferente a isso. Só que é aquela coisa, né? Cabeça vazia, oficina do capeta. Eu sempre fui um exemplo vivo disso, minhas tardes ociosas de infância nunca me renderam bons frutos. Ou eu comia muito, o que era o mais comum, ou aprontava alguma. E, às vezes, nos dias de muita inspiração eu conciliava os dois. Lembro que um dia minha mãe comprou aqueles nescauzinhos pra eu tomar tipo, ao longo do mês inteiro, era uma quantidade razoavelmente boa de Nescau. Pois bem, eu resolvi tomar todos no dia e construir maquete de uma casa só com caixas de fósforo (móveis) e caixinhas de Nescau (paredes, portas e acabamentos no geral). Imaginem o tamanho que eu não era nessa minha época ócio-alimentar-criativa. Pois bem, só queria ilustrar aqui que cabeça e barriga vazias são ambas oficinas do trevoso. Então, certo dia depois de muito ouvir comentários sobre meus cílios, eu fui analisá-los no espelho e cheguei à seguinte conclusão: É, meus cílios são grandes. Depois de constatar o óbvio, prontamente peguei uma tesoura e cortei os cílio do olho esquerdo.
Assim que eu terminei minha ‘’body modification’’ fui mostrar pra minha mãe, que ficou assustada e, não obstante, quis me aterrorizar também, disse que meu cílio nunca mais ia crescer e, consequentemente, eu não conseguiria dormir nunca mais, afinal, o cílio é que faz o peso pra o olho fechar. Eu entrei em pânico, sempre gostei muito de dormir. Só lembro que nesse dia antes das 10 horas eu já estava dormindo um sono regido pelo medo...
Mesmo tendo conseguido dormir naquele dia, eu ainda acredito nas sábias palavras da minha mãe, porque isso explica muita coisa hoje em dia. Acredito até que meus cílios estejam maiores, mais pesados.
Ufa, to até mais aliviado.
Sinto meus cílios pesando, adeus.
TÉDIO

Do latim: passandus feriaius in paulus afonsus; significa não ter o que fazer, passar o dia coçando o... olho, geralmente é precedido pelos verbetes ''puta merda, estou morrendo de...''


Não consigo pensar quando estou entediado, não que eu geralmente pense pra escrever, acho que uso até inadequadamente esse verbo em se tratando das coisas que eu escrevo. Vou parar por aqui, porque minha mãe disse que não era pra eu ficar me depreciando no blog.

Adeus.

segunda-feira, 6 de julho de 2009

Consultoria jurídico-amorosa

Depois de uma vasta análise sobre o relacionamento dessa cliente, que eu prefiro mantê-la em anonimato para preservá-la, comecei com minha conclusões:



Anônima com amor platônico distante diz:
pior é amar, ser amado, e ter um oceano de distância entre vcs!
Dan. diz:
e se esse oceano for um elemento completante desse suporte fático concreto, em?
se for toda a graça?
Anônima com amor platônico distante diz:
vc tá uma graça!
pensei nisso já
mas acho que não
Dan. diz:
tô adorando meu vocabulário
viva o marcos Mello
mas ai você só acha, né?
é difícil achar quando se vivencia factos diferenctes
Anônima com amor platônico distante diz:
Factos!
mtoo bom esse seu novo vocabulário
Dan. diz:
num é?
Hauahuahauahuahauhauah
Anônima com amor platônico distante diz:
qual seria a NJ (norma jurídica) que incidiaria sobre esse SF(suporte fático)?
Dan. diz:
ficam terminantemente probidos os amores platônicos ou impossíveis de qualquer sorte
sob pena de sofrimento e desgaste desnecessário
Anônima com amor platônico distante diz:
Kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
vc é mto criativo, (apelido censurado, pois pode identificar a anônima)!
Dan. diz:
tendo aqueles amores separados pela distância ainda uma pena fiduciária extraordinária com gastos telefônicos, bebida pros dias de solidão e etc.
é sofrimento até onde a lei faculta.




E tenho dito.

De repente Paulo Afonso...

''Garota, eu vou pra Paulo Afonso
Tomar banho de cachoeira
Assistir muito seria-a-ado
Meu passatempo é vadiar.''
P.S: O banho de cachoeira é, digamos assim, uma licença poética. Não é algo verossimil. Nesse frio que está, não pretendo nem tomar muito banho de chuveiro.

domingo, 5 de julho de 2009

Sinto-me saudoso?

A minha profecia já está se concretizando, nas férias eu realmente não tenho assunto. Achei interessante meu primeiro post do mês, apesar de pouco valor literário (nossa, como se algum dos meus posts tivesse valor literário), representa um ''estado de espírito'' que eu espero que seja uma constante nas minhas férias. Já estou em Paulo Afonso e já me sinto assolado, invadido pelo tédio... Fiz muitos planos pra cumprir pelo menos metade deles, afinal, é essa a lógica do planejamento, né? Alcançar pelo menos metade do almejado. Pois bem, eu planejei pra essas férias continuar na academia e estudar processo, então, de acordo com minhas contas, se eu continuar malhando esse mês de férias, minha missão já estará cumprida e o que vier além disso é muito lucro. Bem, mas eu acho muito maçante ficar falando aqui de planejamento de férias e etc. às vezes eu me esqueço que sou uma pessoa interessante e acabo discorrendo a cerca desses assuntos. Acontece com qualquer um, piores são aqueles que passam a vida inteira esquecidos, né? Estar aqui em Paulo Afonso me deixa muito nostálgico e como o presente está monótono, porque não relatar fatos do passado? Olhando umas fotos hoje eu lembrei como eu era uma criança triste na época de carnaval, porque sempre via os álbuns dos meus irmãos cheio de fantasias iradas, tipo super homem, batman, mulher maravilha. Minha mãe, certa vez, me mandou pra uma festa de carnaval, não, corrigindo: minha mãe, certa vez, me mandou pra minha primeira festa de carnaval na minha escola aqui de Paulo Afonso, quando eu fazia alfebatização e precisava muito de aceitação social, fantasiado nada mais, nada menos do que de turista. Agora me digam vocês quem é que na alfabetização queria fazer amizade com turista? Eu queria me relacionar com Power Rangers, Batmans, Mulheres Maravilha, entre outras fantasias do momento, mas nunca me aproximaria de uma pessoa com fantasia de turista. Foi tudo muito traumático, acho que por isso eu geralmente bebo nos carnavais, pra esquecer. Uma cicatriz sempre vai ficar. Às vezes eu ainda sonho com a minha bermuda florida, minha camisa regata e o meu colar havaiano... Confesso que sofro bastante. Isso justifica até alguns comportamentos revoltosos que eu tinha na escola. Certa vez mesmo, brincando de Power Ranger eu joguei uma pedra na testa da filha da diretora, ninguém queria mais falar comigo. E outra vez eu mordi o braço da mesma, mas é uma longa e triste história que eu fui vítima, só queria participar da brincadeira, e mais uma vez recebi um gelo geral porque todo mundo perdeu a recreação, foi triste. Acho que por hoje não me lembro mais de nenhum relato interessante... Vou dormir. Adeus.

PS: A FILHA DA DIRETORA É MINHA AMIGA ATÉ HOJE, SÓ PRA VOCÊS SABEREM.

sexta-feira, 3 de julho de 2009

Que a ebriedade traga espontaneidade.

Oi, galera. Sinto-me ébrio mas vim aqui postar de qualquer forma, porque já estava com saudade, então desconsiderem os erros de gramática, ou mesmo as incoerências aqui escritas, porque eu pouco estarei me importanto, vocês sabem... Na verdade eu nem sei o que falar. Poderia falar de várias coisas, como eu sempre posso, mas prefiro estar na minha plena consciência porque sei que sou um formador de opiniões, kkkkkkkkkkkkkkkkkkk!
realente sentindo dificuldades, mas criei o hábito já de postar, por isso vim aqui! lembrando aqui como eu sou uma pessoa boa e tranquila (tá, na verdade sou medroso)... Lá em coruripe estava eu andando sempre lindo e jogando charme, quando de repente só sinto alguém buscando algo no meu bolso, na hora eu sinceramente nem acreditei, mas quando eu encarei a pessoa eu vi que era e verdade e ri dela/pra ela porque eu não tinha quase dinheiro nenhum, foi uma tentativa de assalto a toa. Não sei se ele riu de volta por pena da minha pobreza ou debochando da mesma, sei que depois de muitas mãozadas no meu bolso eu desisti de ser rico. Deixei pra lá meus ideais capitalistas eu fui dançar forró, porque pelo andar da carruagem dinheiro não ia sobrar no meu bolso. O que eu sei é que no final eu encontrei uma correndo de ''ouro'' esquecida no meu bolso, que eu queria pagar o táxi pra voltar pra casa mas não consegui.
Eu sei que eu costumo escrever melhor e enrolar mais, mas não estou nas condições adequadas, adeus.