sábado, 31 de julho de 2010

Calendario Danieliano.

Quando eu tinha meus 8, 9 anos e via as pessoas grandes, pra mim era inconcebível a ideia de que algum dia eu alcançaria aquelas proporções, até meus irmão que não eram tão maiores eu duvidava que eles um dia tinham sido do meu tamanho. Em síntese, eu acreditava que cada pessoa tinha nascido com a sua idade do momento e assim permaneceria para todo sempre, era um complexo de Peter Pan generalizado. Apesar de ter tido alguma evolução mental da época mencionada até o momento, o meu complexo de Peter Pan permanece quase que intacto, não acredito que vou alcançar determinada idade até que ela me alcança. A inexorabilidade do tempo simplesmente ignora o meu ceticismo e me deixa mais velho. Tive, então, a seguinte resolução: de qualquer dia em diante o tempo será pra mim uma persona non grata, de forma que eu não vou mais brincar de calendário. Dia 6 de Agosto é só o dia que, por algum misterioso acaso, eu ganho roupas novas, não que seja ruim, mas não é um motivo de comemorar. O que me cabe agora é fazer meu próprio tempo, que vai ser basicamente um caos cronólogico, todo dia é dia, toda hora é hora. O calendario gregoriano não é mais prioridade minha, contar os anos não modifica em nada a pessoa que eu sou, é mera convenção. Melhor contar o tempo pelas experiências vividas, pelo amadurecimento proveniente dos mais diversos sofrimentos e esforços, quero um aniversário pra cada mudança positiva na minha vida e quero evitar os desaniversários.
Fazer sentindo não vai nunca ser uma prioridade aqui. E tenho dito. Adeus.

quinta-feira, 29 de julho de 2010

Como crescer mais?
Não quero lhe falar, ó, meu leitor
De todo o esforço despendido
Quero lhe contar como eu sofri
E nada aconteceu comigo

Comer é melhor que malhar
Eu sei que ser forte é uma coisa boa
Mas também sei que não ver resultado
Acaba com a vida de qualquer pessoa

Amigos dizem, pro meu bem
Pra eu tomar albumina
Mas falta dinheiro
E eu não posso pagar com cartão, porque sou pobre

Quero ficar gostosão
E pegar muita menina na rua
Encher uma pólo com o braço
Ficar gostoso e sensual

Você me pergunta se ainda malho ou não
Fico louco e irritado com a falta de atenção
Penso em largar a academia
Não quero sofrer em vão
Só vou esperar mais um tempo
Pois quem paga é meu irmão
Vou me esforçar, malhar pesado
Não vou largar não!

Já faz tempo, eu vi uma foto minha
Coisinha magra precisando de comida
No meu álbum do Orkut
Essa é a foto que eu me orgulho mais

Nossa, que música enorme, cansei!

quarta-feira, 21 de julho de 2010

Mais metáforas...

A verdade é que desde muito cedo o amor tem sido um jogo pra mim. Não que eu me divirta ou use meus relacionamentos como um hobbie, não é bem por ai, eu não chego a colocar no meu orkut 'Hobbie: jogar o jogo do amor!'. É uma questão de proteção, quer dizer... quando eu uso a palavra 'proteção' até parece algo comedido e saudável, sendo assim, buscando utilizar o mínimo de coerência ao descrever um pouco da minha vida desamorosa, eu diria que superproteção se encaixa mais adequadamente no contexto. 'Superproteção', essa palavra descreve bem o meu modus operandi em se tratando de relacionamentos amorosos. Nesse jogo divertidíssimo que eu jogo não existem muitas regras. Basicamente vale tudo, contanto que eu esteja no comando e mantendo a minha distância segura. Não achem que, pelo fato ser capaz de descrever o funcionamento do 'jogo', jogar seja uma opção pra mim. As regras já foram internalizadas faz muito tempo, e por mais que eu consiga modificá-las um pouco quando o player 2 vale muito a pena, por medo eu acabo voltando a segui-las. Quando você tem um script e já sabe basicamente como as coisas vão acontecer, você acaba se sentindo mais seguro. Pois bem, essa necessidade de segurança fode tudo. Acabo voltando a agir de acordo com as regras já estabelecidas, por uma questão de covardia. Medo do desconhecido, ou pior, medo do conhecido. Sendo assim, quando a brincadeira está ficando boa e eu estou perto do que metaforicamente seria um empate, relacionamento equilibrado, eu, como pessoa madura que sou, 'desligo' o videogame, dou reset, puxo a tomada, bagunço o tabuleiro... Não posso simplesmente arriscar a minha 'invencibilidade'. Eu poderia passar essa encarnação e mais outra só contando das vezes que eu já me sabotei, mas tô com muita preguiça. O que me parece é que eu só estou disposto a mudar as regras do jogo e negociar um empate, ou mesmo uma derrota, quando a outra pessoa não está nem sequer interessada na brincadeira. E ainda tem outro problema: eu costumo me relacionar com pessoas mentalmente equilibradas, de forma que talvez nem haja um player 2, porque eu jogo sozinho. Adeus.

domingo, 11 de julho de 2010

Morte às borboletas.

Quando uma pessoa é sensível, grande parte das suas relações interpessoais funcionam numa dinâmica do tipo 'efeito borboleta', onde pequenas e desintencionadas atitudes de uma pessoa surtem efeitos totalmente desproporcionais na outra coitada. Sendo assim, não há que se falar em teoria do caos, quando na verdade as pessoas sensíveis praticam o caos, deixam a borboleta voar por ai e causar os mais diversos fenômenos naturais catastróficos. Pois bem, sugiro que não se rendam. Primeiramente deve-se tentar quebrar suas asas, mostrando a ela um princípio interessantíssimo: ação e reação. Afinal, ela não pode simplesmente causar o caos e sair impune. Apesar de ser um exemplo muito bom pra metáfora, acho que fiquei um tanto quanto 'antiditático' com essa sugestão, não era minha intenção instigar a vingança, lembrem-se de que a borboleta é uma pessoa! Uma outra sugestão é exercitar a indiferença, usá-la como palavra de ordem, pode não ser a melhor saída mas funciona comigo. Continuando a metáfora, o exercício da infiderença seria como... puts, tá difícil. Já sei! Exercitar a indiferença seria como forjar uma redoma e isolar a tal borboleta, é bom deixar explícito que quando eu digo forjar é no sentido de fabricar, claro. Não é pra fingir que fez uma redoma e esperar que a borboleta não 'caose' mais! Adorei essa palavra nova, 'caose', causar caus fica estranho e eu não tô conseguindo pensar num sinônimo que me agrade pra causar, sou genial. Acho que me perdi no meio da minha compulsão por metáfora. Mas posso dizer que fingir não se importar já é um pequeno passo para lograr êxito na indiferença real. Não dá pra sair por ai externando todo caos causado pelo bater de asas de um inseto, porque ai você se torna uma pessoa cansativa, que as outras pessoas gostariam de ver, metáforas à parte, morrendo numa dessas catastrofes retromencionadas. O que cabe ir fortalecendo as estruturas para que o caos que não possa ser ignorado ou contornado faça pelo menos um estrago menor!
Tá, clareza não tem sido um dos meus fortes nesses últimos textos, mas as teclas alt e f4 apertadas simultaneamente são a serventia da casa. Adeus.