quarta-feira, 21 de julho de 2010

Mais metáforas...

A verdade é que desde muito cedo o amor tem sido um jogo pra mim. Não que eu me divirta ou use meus relacionamentos como um hobbie, não é bem por ai, eu não chego a colocar no meu orkut 'Hobbie: jogar o jogo do amor!'. É uma questão de proteção, quer dizer... quando eu uso a palavra 'proteção' até parece algo comedido e saudável, sendo assim, buscando utilizar o mínimo de coerência ao descrever um pouco da minha vida desamorosa, eu diria que superproteção se encaixa mais adequadamente no contexto. 'Superproteção', essa palavra descreve bem o meu modus operandi em se tratando de relacionamentos amorosos. Nesse jogo divertidíssimo que eu jogo não existem muitas regras. Basicamente vale tudo, contanto que eu esteja no comando e mantendo a minha distância segura. Não achem que, pelo fato ser capaz de descrever o funcionamento do 'jogo', jogar seja uma opção pra mim. As regras já foram internalizadas faz muito tempo, e por mais que eu consiga modificá-las um pouco quando o player 2 vale muito a pena, por medo eu acabo voltando a segui-las. Quando você tem um script e já sabe basicamente como as coisas vão acontecer, você acaba se sentindo mais seguro. Pois bem, essa necessidade de segurança fode tudo. Acabo voltando a agir de acordo com as regras já estabelecidas, por uma questão de covardia. Medo do desconhecido, ou pior, medo do conhecido. Sendo assim, quando a brincadeira está ficando boa e eu estou perto do que metaforicamente seria um empate, relacionamento equilibrado, eu, como pessoa madura que sou, 'desligo' o videogame, dou reset, puxo a tomada, bagunço o tabuleiro... Não posso simplesmente arriscar a minha 'invencibilidade'. Eu poderia passar essa encarnação e mais outra só contando das vezes que eu já me sabotei, mas tô com muita preguiça. O que me parece é que eu só estou disposto a mudar as regras do jogo e negociar um empate, ou mesmo uma derrota, quando a outra pessoa não está nem sequer interessada na brincadeira. E ainda tem outro problema: eu costumo me relacionar com pessoas mentalmente equilibradas, de forma que talvez nem haja um player 2, porque eu jogo sozinho. Adeus.

3 comentários:

  1. kkkkkkk você é maluquinho! Mas adoro seus textos e metáforas e tudo na galáxia. :*

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  2. Oo
    To impressionada aqui como esse texto parece comigo! Sério.. Eu que escrevi po. :o
    Eu sou exatamente assim.. todo mundo diz que eu vou ser uma solteirona pro resto da vida, pq eu sempre me saboto desse mesmo jeito que vc descreveu! E ninguem nunca me entende!! Que bom saber que no mundo existe outra pessoa completamente louca!

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  3. Adorei, falam que quando as pessoas gostam de um texto, é porque se identificaram. Que seja então. Já escrevi sobre isso também. Sempre acabo preferindo ser o desconhecido.

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