sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

Canteiros

Quando penso em TCC
Logo bate uma ansiedade
Tenho escrito poucas folhas
Falta produtividade

Saem dos meus dedos longos
As citações indiretas que invento
E encontrar artigos novos
Não me traz contentamento

Vou deixando para amanhã
"Faço no final do dia"
Oh, meu Deus, este trabalho
Está tirando minha alegria

Eu só queria estar formado
Aprovado pela mesa
Mas estou procrastinando      (chorus)
Ser focado é dureza

Mas eu sou preguiçoso
Isso é uma tristeza
Faço qualquer coisa
E não cuido da vida

Penso até na morte
Ou coisa parecida
Invento mal estar
E até dor de barriga


Eu só queria estar formado
Aprovado pela mesa
Mas estou procrastinando      (chorus)
Ser focado é dureza



(Eu deveria estar produzindo o TCC, mas estou aqui produzindo arte pra vocês)


=(




segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Mergulho, um mal necessário.

Eu costumava criticar pessoas 'superficiais', que colhem o dia sem problematizar nada, pensamentos, sentimentos e ações simples. Tudo simples. Sempre achei o máximo isso de 'profundidade', de mergulhar em si, tentar conhecer um pouco do seu próprio universo, ou mesmo um sistema solar que agrade mais. Pois bem, acredito que minhas críticas podem ter sido fruto de uma possível inveja futura, porque é isso que eu sinto hoje. Melhor permanecer na superfície do que se afogar no que eu chamo de profundidade ou oficina do Capeta, porque essa quantidade de pensamentos infrutíferos em relação à essência, existência, religião e tudo mais só pode ser cabeça vazia. Claro que de vez em quando é bom problematizar, analisar, repensar. Acho tudo válido. Mas o meu excesso tá me cansando. Invejo os superficiais felizes e invejo Jesus também que andou pela superfície, quero fazer o mesmo, já que essa história de mergulhar é um caminho sem volta, porque por mais que seja angustiante, é bom ao mesmo tempo. O que me resta mesmo é esperar por esse milagre ou que eu pelo menos aprenda a nadar.
Adeus. E vocês, superficiais, não fiquem convencidos. Esse é só um momento de fraqueza. Eu não os invejo verdadeiramente, só quis enfatizar um ponto de vista mostrando desespero. Que fique claro. Pra mim, superficialidade é negação, prefiro o meu desassossego do que essa feli (é, felicidade pela metade. Gente superficial não é feliz por completo) aparente.

terça-feira, 31 de agosto de 2010

Um pouco mais sobre mim...







sábado, 28 de agosto de 2010

Sensação de deja escrevu...

Fico impressionado com o fato de nós, apesar de sermos dotados de uma subjetividade imensurável, cheios de particularidades, somos, concomitantemente, personificações dos mais variados ou até dos mesmos clichês. Me fascina esse paradoxo abrigado tão bem dentro de cada pessoa, essa dualidade do geral e do específico latente em cada um. Na minha concepção de pessoa insensata, é como se, na verdade, fossemos todos programados para parecer diferentes, carcaças e conteúdos dos mais variados possíveis, sendo que todos sincronizados pelo mesmo 'sistema operacional' que, graças a Deus ou a alguma força superior de nomenclatura irrelevante para mim, já vem com defeitos de fábrica aparentemente corrigíveis, mas que logo dão lugar a outra imperfeição na medida em que tentamos extinguí-lo de nosso ser, formando assim um ciclo.
Sendo assim, não deveríamos mais reclamar de Malhação, quando nós mesmos já somos clichês de carne e osso, com problemas familiares inevitáveis, paixões platônicas e todo o resto que o valha.
Tô com uma sensação de 'deja escrevu'. Já devo ter escrito sobre isso, mas, bem, a palavra digitada não volta atrás. Adeus. Adoro quando eu invento palavras em outros idiomas, me sinto culto!

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Um caminho interessante pra o auto conhecimento pode se dar com a prática do niilismo. Não de uma forma negativa, claro. Não precisa correr nu na rua atirando pedras nos transeuntes, porque de repente o pudor não é legal. O que eu sugiro é a desconstrução de valores que não nos cabem mais, que, de alguma forma, não são necessários, diria até obsoletos em sua forma mais plena. Tapemos, então, os ouvidos para a suposta sapiência do senso comum e, por uma questão de conforto, também os olhos pra evitar os prováveis olhares de reprovação, caso você se incomode com eles. Só depois dessa perda de e dos sentidos vai ser mais fácil saber quais valores nos pertencem e o que realmente importa, em detrimento daquilo que nos é imposto e que, se contestados de forma ferrenha, nem saberíamos explicar por que defendemos tal valor ou ponto vista. Na verdade, nem acho que caiba a nomenclatura 'valores' pra o que eu estou me referindo aqui, porque dá uma ideia de algo positivo, que você gostaria de ter, o que não é o caso, ou, pelo menos, não deveria ser.
DESCONSTRUÇÃO NOW. Adeus, tô com preguiça de me estender no tema clichê que eu mesmo escolhi.

domingo, 1 de agosto de 2010

-Hoje o meu silencio está especialmente comunicativo. -Comentou Daniel em seu blog, sem sono e com o desejo constante de criar frases paradoxais de efeito.
(Frustração...)

sábado, 31 de julho de 2010

Calendario Danieliano.

Quando eu tinha meus 8, 9 anos e via as pessoas grandes, pra mim era inconcebível a ideia de que algum dia eu alcançaria aquelas proporções, até meus irmão que não eram tão maiores eu duvidava que eles um dia tinham sido do meu tamanho. Em síntese, eu acreditava que cada pessoa tinha nascido com a sua idade do momento e assim permaneceria para todo sempre, era um complexo de Peter Pan generalizado. Apesar de ter tido alguma evolução mental da época mencionada até o momento, o meu complexo de Peter Pan permanece quase que intacto, não acredito que vou alcançar determinada idade até que ela me alcança. A inexorabilidade do tempo simplesmente ignora o meu ceticismo e me deixa mais velho. Tive, então, a seguinte resolução: de qualquer dia em diante o tempo será pra mim uma persona non grata, de forma que eu não vou mais brincar de calendário. Dia 6 de Agosto é só o dia que, por algum misterioso acaso, eu ganho roupas novas, não que seja ruim, mas não é um motivo de comemorar. O que me cabe agora é fazer meu próprio tempo, que vai ser basicamente um caos cronólogico, todo dia é dia, toda hora é hora. O calendario gregoriano não é mais prioridade minha, contar os anos não modifica em nada a pessoa que eu sou, é mera convenção. Melhor contar o tempo pelas experiências vividas, pelo amadurecimento proveniente dos mais diversos sofrimentos e esforços, quero um aniversário pra cada mudança positiva na minha vida e quero evitar os desaniversários.
Fazer sentindo não vai nunca ser uma prioridade aqui. E tenho dito. Adeus.