domingo, 21 de junho de 2009

Sinto-me influenciado.

De uns tempos pra cá, eu estava sentido um vazio muito grande. Confesso que às vezes era realmente só fome (nossa, não resisti, tive que usar piadinha pífia), outras vezes quando eu dormia passava, mas de qualquer forma o vazio acabava voltando. Percebi que estava cansado de viver a vida de forma amoral - nem eu sei direito o que é ser amoral, mas interpretem como se fosse uma coisa que nem é moral, nem imoral-, sem me importar efetivamente com nada. Falar besteira no meu blog não me dava mais o conforto que eu estava precisando. Foi então que eu resolvi procurar alguma religião, afinal um pouco de fé não faz mal pra ninguém. Como minha família sempre simpatizou com o espiritismo, sempre leu romances espíritas e outros livros relacionados, a idéia do espiritismo já era, de certa forma, bem quista por mim. Comecei a ler um romance espírita que falava de reencarnação, de como as pessoas que mais próximas da gente, principalmente a família, podem ter vivido conosco já em outras vidas, seja como irmão, mulher, inimigos mortais, transa-fixa-extraconjugal, a variedade é tamanha. Então, a partir daqui pra vocês vêem como eu sou influenciado pelo livro que estou lendo vou dar alguns exemplos aqui:
(vou mudar o tamanho da letra dos exemplos só pra usar aqui os artifícios estéticos que o blog oferece e eu nunca uso, lá vai)

  1. Quando eu tinha 11 anos e comecei a ler Harry Potter, que foi inclusive o que me fez tomar gosto pela leitura, eu confesso que passei alguns dias, talvez semanas, esperando também a minha carta me convidando pra ir pra Hogwarts, tamanha foi a minha decepção quando já no auge da minha senilidade aos 12 anos eu percebi que realmente ia ter que continuar na minha escola.
  2. Recentemente, quando eu li ''Quando Nietzsche Chorou'', fiquei tão envolvido, tão imerso na leitura, na crise do personagem principal que quase gerei uma crise também no meu relacionamento da época por causa da crise que ele estava vivendo. A minha sorte é que eu nunca fui mesmo de estudar e quando eu começo um livro eu gosto de lê-lo com celeridade (desculpem ficar usando esses termos bregas, eu podia falar ler ele rápido, mas como eu sei que meu conteúdo não é tão cultural, uso pelo menos um vocabulário mais distinto), aí o autor personagem superou a crise dele e eu, por tabela, a minha.
  3. Já quando eu li ''A menina que roubava livros'' (não, não comecei a roubar, minha micro tendência cleptomaníaca que eu expressava roubando balas na infância, já havia sido superada na época), comecei a xingar só em alemão, que era a língua que a menina falava.

Bem, eu nunca disse aqui que era normal, disse?

Voltando ao assunto principal, depois de ler sobre reencarnação, eu tentei aplicar em isso em tudo do meu cotidiano, gastei muito tempo imaginando o que eu teria sido nas encarnações passadas e não conseguia pensar em outra coisa. Até quando eu tinha uma dor de barriga mais acentuada eu imaginava ''Nossa, acho que me alimentei muito mal em alguma outra encarnação, essa dor de barriga é intensa demais pra ser só de agora''. Se eu paquerava alguém, tinha certeza que tínhamos tido algo em outras vida, e podia até jurar que os melhores amigos que eu fiz usando esse vaso corpóreo (container da minha alma imortal) têm que ter sido meus irmãos de alguma outra época. Então eu tive que dar um tempo com a leitura espírita, porque já estava ficando um tanto quanto fanático.

Atualmente eu vou ao centro espírita sempre que posso e, brincadeiras à parte, me faz muito bem e me ajuda a entender muitas coisas, além das minhas dores de barriga mais intensas (droga, porque eu não sei falar com brincadeiras a parte?) e das minhas afinidades maiores.

Vou indo. Vejo vocês qualquer dia, qualquer hora e em qualquer reencarnação.

Um comentário:

  1. Sou fã do seu blog, agora mais maduro (acho que por isso vocÊ não curtiu o clip "É a Creidi"). Minha mãe quando lia livros espíritas também começou a achar que tudo que ela vive hoje ela já havia vivido antes! haha.

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