terça-feira, 4 de agosto de 2009

Coitada da Samba Lelê...

Daqui a alguns dias, meu organismo completará vinte anos de saído do útero da minha mãe, vocês podem estar se perguntando porque eu não disse logo que daqui a alguns dias eu faço aniversário e pronto, ? Bem, acho que dizer que eu, todo, vou fazer vinte anos passa uma idéia que não tem muita verossimilhança, por isso prefiro separar por partes, afinal, eu tenho consciência plena de que a minha idade mental não tem acompanhado com propriedade a idade orgânica, por tanto, utilizei a expressão supracitada para lembrar que sou divido em compartimentos não sincronizados.
De qualquer forma, não é sobre a minha falta de simetria, sincronia e das minhas outras faltas que eu quero falar hoje. Gostaria de discutir um tema sério, acerca de músicas que eu escutei na minha infância e que até hoje, com meus quase um quinto de século, eu não entendo. Um exemplo é aquela música ‘’Samba Lelê’’. DROGA!!! (Pausa para suspense). Minha idéia toda do texto acabou de ruir, fui pesquisar no vagalume a letra toda da música e descobri que é assim:

‘’ Samba Lelê está doente
Está com a cabeça quebrada
Samba Lelê precisava
De umas dezoito lambadas’’

E eu achava que era assim:


‘’Samba Lelê está doente
Tá com a cabeça quebrada
Samba Lelê precisava
É de umas boas palmadas’’


E em seguida aquele refrão cansativo, mandando a coitada da Samba Lelê sambar, quebrar e descer. Mas agora que eu já comecei a falar sobre isso eu não vou mais parar. Primeiro de tudo, que pais, em sã consciência, colocariam o nome da sua filha de Samba Lelê? Isso, pra mim, é caso de perder a guarda da criança, e pra piorar, a menina, além de se chamar Samba Lelê, ainda quebra a cabeça e é obrigada pelos pais a dançar 18 lambadas? Acho que a minha versão da música é até mais humana, umas boas palmadas, pra uma pessoa que já ta com a cabeça quebrada e sabe-se lá a gravidade do ferimento, afinal, como eu já falei, pais que nomeiam a sua filha de Samba Lelê parecem ser capazes de qualquer atrocidade. Assim, eu posso até estar julgando mal, porque eu acabei de lembrar que quando eu tive catapora, com uns três anos de idade, eu dançava lambada com a empregada lá de casa, como forma de comemoração por meus olhos terem desinchado um pouco e eu começar a enxergar alguma coisa. Talvez lambada tenha, então, algum efeito medicinal desconhecido e os pais de Samba Lelê fossem apenas muito devotos a sua filha, que já devia sofrer bastante com esse nome, (que pode inclusive ter sido alguma promessa por causa de complicações no parto) e buscavam incessantemente uma cura rápida para a sua fratura exposta no crânio, assim como os pais de Lorenzo, naquele filme ‘’O óleo de Lorenzo’’, que já é um nome mais bonito que Samba Lelê, diga-se de passagem.
Bem, acho que já discuti de forma exageradamente vasta e um tanto quanto idiota, uma música que eu, na verdade, cantei pouquíssimas vezes na minha infância, tava pouco me lixando pra Samba Lelê naquela época, só hoje que eu consegui enxergar as coisas de forma mais clara e perceber os maus tratos que essa criança talvez tenha sofrido. Aposto que na época da composição da música o estituto da criança e do adolescente ainda não existia pra censurar um absurdo desses. Vou indo, adeus.

4 comentários:

  1. adorei ambas as partes.
    huasuhsa
    muito certas.
    e pra mim a música tinha palmadas tb, não lambadas.

    beijos da sua esposa

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  2. uuuuufa! li todos uhauahahuah tenho que voltar a vir aqui com mais frequencia e nem preciso dizer qual foi minha reação ao ler, né?! kkkkkkkk ah e eu tbm achava que a musica era sobre palmadas :S odeio isso! as ´pessoas que estragam nossa infancia contando as versoes corretas das musicas ou frases de quando eramos jovens...ou as pessoas que nos deixaram entender errado, enfim... parabéns =*

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  3. CO-MO-AS-SIM dezoito lambadas? eu sempre achei que era palmadas também!!! o mundo faz mais sentido agora...

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