quinta-feira, 20 de agosto de 2009

Oi, Meu Nome é Dom Juan e o seu?

Estou cada dia mais sem assuntos pra dividir com você aqui e, quando estou sem assunto, sempre apelo pra nostalgia, afinal, recordar é viver, viver com vergonha. Hoje eu vou expor, através de um conto que, provavelmente, será muito bem escrito, como o meu gene da paquera é desenvolvido e o quão conquistador eu sou:
Estava eu um dia passeando pelo shoping. Nossa, que começo mais brega. Eu não sou de passear no shoping, só vou no shoping quando tenho negócio, pra falar a verdade, e nesse dia eu estava procurando uma roupa pra comprar pra usar na minha formatura do terceiro ano, mas isso não vem ao caso, já sou bastante prolixo sem os detalhes desinteressantes. Pois bem, estava eu lá, onde já disse que estava, quando, de repente, não mais que de repente, eu avisto uma menina linda, começo a encará-la com meu olhar psicopata, como se eu a conhecesse de algum lugar, até ela sair totalmente do meu campo de visão. E quando eu falo em campo de visão, está inclusa também toda a rotação que meu pescoço aguentar, de forma que eu sou realmente capaz de assustar qualquer pessoa. Continuei caminhando tranquilamente, jogando meu charme e pensando:
''Meu Deus, que menina linda. Se eu encontrar com ela de novo eu juro pra mim mesmo que abordo ela na cara dura''
Encontrei a menina de novo. E, mais uma vez, coloquei na cara o meu olhar mais psicopata, que eu e minha mãe julgamos o mais charmoso, e enderecei mais uma vez para ela. E continuei pensando.
''Porra, dessa vez não deu e foi só uma coincidência, mas se eu encontrar de novo, com certeza eu falo!''
Continuei caminhando por lá, achei o que eu queria e fui pro ponto de ônibus, já que ninguém daqui de casa se compadeceu com o meu sofrimento. Quando eu chego no ponto de ônibus, quem está lá? Ela.
''Nossa, preciso parar de encarar essa menina, no mínimo ela deve achar que eu sou um assaltante, acho melhor nem falar mais com ela, a não ser que ela entre no mesmo ônibus que eu, ai, com certeza, seria um sinal divino''
Meu ônibus para, eu entro e quem entra em seguida? Ela. Resolvi que ia falar de qualquer jeito, tava ficando nervoso já com aquela situação e amaldiçoando a minha covardia e falta de ousadia, que, apesar de sonoro, não é uma rima legal. Ela sentou e eu continuei com o meu pseudo-charme, encarando-a pelo reflexo do vidro da janela do ônibus. Até que a sorte, que em tese deveria ter sorrido pra mim, me desafiou mais uma vez, só pra deixar mais evidente minha falta de malemolência. O banco do lado dela ficou vago e lá vou eu sentar ao seu lado.
''Puta merda, se eu não falar com ela agora, meu nome não será mais Daniel''
É claro que até hoje eu continuo sendo Daniel, nunca cumpro minhas promessas mesmo... Como eu vi que não conseguiria falar eu tive uma idéia genial e quando eu digo genial, é ge-ni-al mesmo.
''Já sei, como eu não consigo falar, vou escrever um bilhete pra ela mandando ela me adicionar no msn!''
Então, eu, que nessa hora, vale ressaltar, estava do lado dela, pego meu caderno, minha caneta e começo a escrever um recadinho num pedaço mínimo de uma folha, afinal, economia sempre em primeiro lugar. Mas, como se fosse Malhação, sempre surgia um novo problema: onde estaria minha coragem, minha falta de noção, minha falta de auto-crítica, falta de sanidade mental, de vergonha na cara, de senso de ridículo e minhas tantas outras faltas que me ajudariam a entregar aquele bilhete na mão da minha vizinha de banco? Então, já no apogeu do desespero e da loucura tive mais uma idéia brilhante e quando eu digo brilhante, é bri-lhan-te mesmo.
''Já sei! Como já tá perto do meu ponto, eu vou me levantar agora, entregar o bilhete pra mulher que está sentada atrás de mim e pedir pra ela entregar pra minha Paixão Relâmpago''
Desfecho cômico, mas quase trágico:
A menina recebeu o bilhete, eu quase era atropelado, porque saí nervoso do ônibus e não olhei pros lados ao atravessar a rua. Pra o meu total espanto ela me adicionou no msn, conversamos normalmente, PORÉM na hora da despedida ela me disse algo que eu nunca, NUNCA vou esquecer:
SHAU.
E shau pra mim é phim.
Essa é mais uma história de amor como as outras, onde começo tudo é sublime e emocionante, mas, como já dizia o cantor de Vibrações Rasta, vem sempre uma queda depois do apogeu. Brinquei!

3 comentários:

  1. KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK é beeeeeeeeeeeeem o tipo de coisa que aconteceria comigo. mas cansei de dizer isso, parece puxa-saquismo. mas sério. foi uma cronica boa essa. li mais rapido que o habitual pra saber o que se seguiria ;D

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  2. e shau mata msm... má utilização da língua é brochante. e errar a escrita dos porquês se inclui.

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  3. fiquei super curiosa pro final, adoreiii! =*


    U2.

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