quarta-feira, 5 de agosto de 2009

Quero saber bem mais que os meus vinte e nada anos...

Meu Deus, sempre que eu ouvia o Fábio Júnior cantando aquela música ‘’vinte e poucos anos’’, eu sempre pensava ‘’Nossa, que velho, será que eu chego lá?”. Bem, ainda não estou nos vinte e poucos, no momento é vinte e nada, mas com certeza ainda vai chegar alguém pra me lembrar de uma verdade que eu não acho agradável: ‘’Dos vinte pros trinta é um pulo’’. Porra, será que eu vou passar o resto da minha vida pulando agora? Já pulei dos 15 pros 20, agora dos 20 pros 30? Minha vontade é ‘’quebrar minhas pernas’’ pra eu só me arrastar e acabar com essa historinha de pulo. Acho que o que me preocupa não é bem o envelhecer, pelo contrário, é o fato de eu não me sentir velho, tenho medo de a maturidade me pegar de surpresa, um dia assim, quando eu estiver cochilando a tarde e eu acordar muito diferente do que o que sou hoje.
Eu sei que vai soar clichê, mas eu, como pessoa polêmica e autêntica, posso usar quantos clichês eu quiser sem parecer TÃO brega, mas não dá pra negar que a vida era mais fácil quando atravessar a rua parecia algo difícil, um problema consistente. Não que meus problemas hoje sejam grandes, quando eu sofro é por amor, quando eu me preocupo é com prova da faculdade, o que eu quero mais da minha vida? Mas ao mesmo tempo, é nessa fase da vida, nos vinte e poucos ou vinte e nada, é que começam travessias proporcionalmente tão complexas e assustadoras quanto as da infância. Afinal, cruzar os caminhos escolhidos por nós mesmos, sem ninguém segurando a nossa mão ou olhando por nós, e, além de tudo isso, evitar ser atropelado pelos nossos próprios vícios e maus costumes no geral não é das tarefas mais fáceis e agradáveis. Pra mim, pelo menos, parece ser mais complicado que atravessar a Fernandes Lima, meio dia e fora da faixa. Por isso, ficar mais velho me deprime mesmo, se eu tivesse escolha, tinha parado nos 18, mas... é tudo um pulo involuntário.
Nossa, como eu to brega, coisas da idade já. Meus primeiros traços de senilidade surgindo. Já não bastava o meu alzheimer prematuro, que não ocorre só quando eu ingiro álcool, agora eu cafona também. Puts, a pessoa tem que ser muito cafona, pra escrever a palavra cafona. Mãe, eu vou ficar sim me depreciando aqui o quanto eu quiser, já tenho 20 anos, não posso mais me importar com a sua opinião, sinto muito (brinquei, só quis descontrair).
Bem, vou indo porque amanhã eu vou comemorar meu aniversário em grande estilo, estendendo um lençol que eu, provavelmente, vou pegar escondido aqui de casa, pra sentar e ficar bebendo com as pessoas que levarem bebida. É, mãe, eu vou beber, e isso não é rebeldia, é uma questão de ser adulto. Mas não se sintam convidados, não é pra muita gente. E as pessoas que lerem esse post, podiam me presentear com um comentário, mesmo que seja anônimo. Eu não me importo com nomes, contanto que elogiem. Podem até comentar várias vezes, como se fossem anônimos diferentes, pra eu me sentir um velho lido e amado.
E pra quem ainda não me deu parabéns e pretende dar, por favor, criatividade. Saúde e paz eu já tenho, e a paz eu mal uso, juízo eu, como qualquer pessoa da minha idade, dispenso; prosperidade eu acho meio brega. Me desejem sexo selvagem, dinheiro, notas boas sem estudar, não é difícil, eu sou muito fácil de agradar.
Boa noite!

4 comentários:

  1. e o blog ainda mente a hora, vão achar que meu aniversário é dia 5

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  2. sahuhusahuas
    coooomo vc é dramático
    ass
    vc sabe quem

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  3. Acho que você não precisou do lençol hoje. E parabéns! Desejo que você ganhe vergonha na cara pra não pedir no blog que te desejem notas boas sem estudar.

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  4. Devia ter lido esse texto antes de ter mandado a mensagem de parabéns...rs
    Da próxima vez não esqueço!
    Beijo Diel!
    Cau.

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